MEMÓRIAS DE UM BALADEITO por Fernando Gil

Transformar-se em baladeiro não é tarefa das mais fáceis. Alguns acreditam, inclusive, ser habilidade inata. Mas manter-se como baladeiro, de fato, é um exercício hercúleo e exige perseverança e dedicação.  Para manter a boa forma e o glamour, o cérebro  e o corpo devem ser meticulosamente trabalhados. Incontáveis  são as horas desprendidas malhando dentro da academia.

Fotos  de sunga após a labuta corporal também  são  relevantes para aferir a progressão física. Numa famosa academia  de Icaraí os espelhos são  convidativos. Ofertam transparecer a sua performance por diferentes ângulos.

 

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Em meados de 2015, logo após ter nadado 3000 metros, dentro de um vestiário cheio e de posse de um celular, resolvi postar  uma foto no Facebook, objetivando suscitar a atratividade das meninas e despertar a ira da rapaziada detentora de massa abdominal. Era um dia muito atribulado. Ainda me recordo da Ponte Rio Niterói  sendo vencida rapidamente por mim, uma vez que uma sequência de reuniões  que tardariam toda uma tarde me aguardavam. Mal tive tempo de contemplar a foto que havia acabado de postar, e nem tampouco de saborear as inúmeras curtidas que estava perto de receber. Ao final das referidas reuniões, quatro horas depois, ávido para mensurar o impacto da foto que postei, me chamaram a atenção as 100 chamadas perdidas registradas no meu celular. Eram de amigos desesperados que haviam sido coadjuvantes da foto que postei diante do espelho. Foram refletidos pelo potente espelho do vestiário. Pintos, bolas e até retaguardas ficaram expostos durante horas na rede social. No dia seguinte, cartazes foram afixados por toda a academia, tornando expressa a proibição  de fotos dentro dos banheiros. Quanta emoção. Tudo em prol da balada.

 

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