TIRANDO ONDA por Gilberto Pereira

Matt Wilkinson barra os brasileiros e vence o Rip Curl Pro Bells Beach

Australiano repetiu dois feitos históricos de muitos anos atrás com a vitória sobre o sul-africano Jordy Smith depois de derrotar Italo Ferreira e Wiggolly Dantas no caminho até sua segunda final na Austrália

 

O australiano Matt Wilkinson, 27 anos, disparou na frente do ranking vencendo as duas primeiras etapas do Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour 2016 na Austrália. Ele surfou as melhores ondas que entraram na final contra o sul-africano Jordy Smith, 28, para badalar o sino do troféu de campeão do Rip Curl Pro, depois de barrar os brasileiros Italo Ferreira, 21, e Wiggolly Dantas, 26, no domingo de ondas difíceis de 6-10 pés em Bells Beach. Com as duas vitórias, o australiano já garantiu que vai competir no Brasil com a lycra amarela do Jeep WSL Leader no Oi Rio Pro, com todas as estrelas do surfe mundial se apresentando nas ondas do Postinho da Barra da Tijuca, do dia 10 a 21 de maio no Rio de Janeiro. Ele não perde a liderança do ranking na etapa que fecha a perna australiana nos dias 8 a 19 de abril em Margaret River.

 

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“Eu sempre tentei ganhar em todos os lugares, mas nunca aconteceu”, disse Matt Wilkinson, que é um dos atletas patrocinados pela Rip Curl, como os campeões mundiais Mick Fanning e Gabriel Medina, entre outros. “Este ano parece que estou conseguindo pegar os troféus que sempre quis, então estou muito feliz por ter vencido aqui em Bells. Eu venho para esse evento há tanto tempo, sempre quis ganhar e finalmente tive a minha chance”.

A competitividade do australiano neste início de ano impressiona, para quem vinha sempre brigando na parte de baixo da tabela para permanecer na elite dos top-34 nos últimos anos. O seu backside funcionou bem com batidas verticais, grandes arcos, manobras de borda executadas com pressão, nas diferentes condições de mar nas direitas de Snapper Rocks e de Bells Beach. Além de escrever seu nome no cobiçado troféu do Rip Curl Pro, como campeão da 56.a edição do campeonato mais antigo do esporte, Wilkinson igualou um feito que não acontecia há 17 anos, ser o primeiro goofy-footer a vencer depois de Mark Occhilupo em 1998. E a última vez que um alguém começou ganhando as duas primeiras etapas tinha sido sete anos atrás, o também australiano Joel Parkinson em 2009.

 

Matt Wilkinson after winning the Rip Curl Pro.
Matt Wilkinson after winning the Rip Curl Pro.

 

“Eu tenho trabalhado bastante e se você melhorar 10% em dez áreas diferentes do seu surfe, você vai ser 100% melhor”, disse Matt Wilkinson, sobre o seu início de ano fulminante, pois também venceu a única etapa do QS que disputou esse ano em Newcastle. “Estou com boas pranchas, me sinto em forma, meu surfe está muito bom e estou competindo melhor, tomando decisões mais inteligentes, como manter a calma em momentos complicados. Eu só quero continuar fazendo o que estou fazendo, tentar não cometer erros e jogar tudo em cada onda que eu pegar”.

 

Matt Wilkinson during the Final.
Matt Wilkinson during the Final.

 

No domingo de muito frio e mar difícil com séries desafiadoras de 6-10 pés, correnteza e água gelada, Wilko conseguiu pegar as melhores ondas que entraram nas três baterias que disputou no último dia. As duas primeiras foram contra os brasileiros. O australiano só perdeu uma bateria esse ano, para Wiggolly Dantas, na quarta fase em Bells. E quase perde de novo, mas achou uma onda no último minuto para tirar nota 7,43 e virar o placar para 13,26 a 12,00 pontos. Já a semifinal contra o potiguar Italo Ferreira foi dominada pelo australiano, que pegou duas ondas muito boas logo no início para ganhar notas 8,00 e 9,27 e garantir passagem para a sua segunda final consecutiva por uma larga vantagem de 17,27 a 12,40 pontos.

 

Wiggolly Dantas eliminated in the Quarterfinals.
Wiggolly Dantas eliminated in the Quarterfinals.

 

Na decisão do título, Matt Wilkinson foi preciso mais uma vez na escolha das melhores ondas e aproveitou muito bem as chances que teve, manobrando forte de backside para atingir imbatíveis 17,37 pontos com notas 9,20 e 8,17. O sul-africano Jordy Smith não conseguiu repetir as ótimas atuações e estava mais desgastado, passando por três duelos muito difíceis desde o início do dia. Ele só voltou a competir esse ano e ainda disputou a segunda semifinal, contra o bicampeão consecutivo do Rip Curl Pro, Mick Fanning, ficando com menos tempo de se preparar para a bateria final.

“Eu tive uma lesão nas costas que me tirou do circuito no ano passado, mas estou contente em fazer a final aqui hoje”, disse Jordy Smith. “Este ano foi um pouco diferente para mim aqui em Bells. Eu não tinha uma boa expectativa para competir aqui, é uma onda difícil, mas queria surfar o meu melhor. Eu estou apenas tentando colocar na minha cabeça para fazer o meu melhor surfe possível e trabalhar o mais forte e duro que puder”.

O primeiro desafio do sul-africano foi na segunda bateria do dia, contra o brasileiro Caio Ibelli, valendo a última vaga para as quartas de final. Ambos surfaram ondas no critério excelente dos juízes e a última série que entrou na bateria decidiu tudo. O estreante na elite deste ano vencia com notas 8,50 e 7,43 e trocou essa menor por 7,83, totalizando 16,33 pontos. Mas, a do Jordy Smith foi melhor e valeu 8,37, que somou com o 8,43 da sua segunda onda para vencer por 16,80 pontos.

Depois ganhou outra bateria com menos de um ponto de diferença contra Michel Bourez nas quartas de final. O sul-africano começou forte com notas 9,27 e 8,50 e o taitiano chegou perto dos seus 17,77 pontos, atingindo 17,26 com o 9,03 da sua última onda. Aí veio outra batalha contra o defensor do título, Mick Fanning, mas essa acabou sendo mais tranquila porque ele pegou as melhores ondas e tirou duas notas 8,17 e um 9,00 para vencer por 17,17 a 13,90 pontos. Com o vice-campeonato, Jordy Smith passou a dividir a terceira posição no ranking com o norte-americano Kolohe Andino, abaixo apenas do californiano Conner Coffin e do líder disparado com 20.000 pontos, Matt Wilkinson.

Ninguém vai poder tirar a lycra amarela do Jeep WSL Leader no Drug Aware Pro Margaret River, que começa no dia 8 e vai até 19 de abril em West Australia. Foi com a vitória nesta etapa que Adriano de Souza assumiu a ponta do ranking pela primeira vez no ano passado, surfando ondas incríveis, enormes, que rolaram em Margaret River. Mineirinho não foi bem em Bells Beach e está em décimo lugar depois das duas primeiras etapas na Austrália, empatado com o também paulista Wiggolly Dantas e outros cinco surfistas.

 

Wiggolly Dantas eliminated in the Quarterfinals.
Wiggolly Dantas eliminated in the Quarterfinals.

 

BRASIL NO RANKING – Com o excelente terceiro lugar no Rip Curl Pro, em sua apenas segunda vez competindo nas ondas difíceis de Bells Beach, o estreante do ano em 2015, Italo Ferreira, agora encabeça a lista dos brasileiros no ranking da World Surf League. Ele divide a quinta posição com o australiano Mick Fanning, que já anunciou que não vai competir em Margaret River e nem no Oi Rio Pro do Brasil, retornando só para Fiji e África do Sul, para apagar o trauma do tubarão na final do ano passado em Jeffreys Bay.

“Foi uma grande bateria e um grande campeonato para mim”, disse Italo Ferreira. “Este é o meu melhor resultado aqui em Bells, consegui surfar bem nas baterias esse ano e o (Matt) Wilkinson está arrebentando, surfando muito forte, mereceu. Estou feliz pelo resultado, o ano é longo e vou continuar fazendo o meu melhor em cada onda que eu surfar”.

Depois de Italo, vem um dos reforços da “seleção brasileira” esse ano, Caio Ibelli, em oitavo lugar no ranking. O contundido Filipe Toledo, caiu de terceiro para nono. Adriano de Souza e Wiggolly Dantas estão em décimo e o campeão mundial Gabriel Medina na 22.a e última posição no grupo dos 22 que são mantidos na elite para o ano que vem. O potiguar Jadson André e o paulista Miguel Pupo, empatados em 23.o lugar, e as outras duas novidades do Brasil no CT deste ano, o catarinense Alejo Muniz e o paulista Alex Ribeiro, em 33.o, estão fora da zona de classificação neste início de ano.

Alejo Muniz só vai estrear na temporada agora em Margaret River, pois operou o joelho no ano passado e não competiu nas duas primeiras etapas. Mesmo sem participar, os contundidos recebem os mesmos 500 pontos dos últimos colocados nas competições. Já Filipe Toledo, que se machucou durante as semifinais na Gold Coast, só retorna no Oi Rio Pro, para defender o título de campeão da etapa brasileira da World Surf League nos dias 10 a 21 de maio no Postinho da Barra da Tijuca..

RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO RIP CURL PRO BELLS BEACH:
Campeão: Matt Wilkinson (AUS) por 17,37 pontos (9,20+8,17) – US$ 100.000 e 10.000 pontos
Vice-campeão: Jordy Smith (AFR) com 14,16 pontos (7,33+6,83) – US$ 50.000 e 8.000 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar com 6.500 pontos e US$ 25.000 de prêmio:
1.a: Matt Wilkinson (AUS) 17.27 x 12.40 Italo Ferreira (BRA)
2.a: Jordy Smith (AFR) 17.17 x 13.90 Mick Fanning (AUS)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com 5.200 pontos e US$ 16.500 de prêmio:
1.a: Italo Ferreira (BRA) 15.30 x 12.33 Nat Young (EUA)
2.a: Matt Wilkinson (AUS) 13.26 x 12.00 Wiggolly Dantas (BRA)
3.a: Mick Fanning (AUS) 16.90 x 16.17 Conner Coffin (EUA)
4.a: Jordy Smith (AFR) 17.77 x 17.26 Michel Bourez (TAH)

TOP-22 DO JEEP LEADERBOARD DA WORLD SURF LEAGUE – 2 etapas:
1.o: Matt Wilkinson (AUS) – 20.000 pontos
2.o: Conner Coffin (EUA) – 9.200
3.o: Kolohe Andino (EUA) – 8.500
3.o: Jordy Smith (AFR) – 8.500
5.o: Mick Fanning (AUS) – 8.250
5.o: Italo Ferreira (BRA) – 8.250
5.o: Stu Kennedy (AUS) – 8.250
8.o: Caio Ibelli (BRA) – 8.000
9.o: Filipe Toledo (BRA) – 7.000
10: Adriano de Souza (BRA) – 6.950
10: Nat Young (EUA) – 6.950
10: Joel Parkinson (AUS) – 6.950
10: John John Florence (HAV) – 6.950
10: Wiggolly Dantas (BRA) – 6.950
10: Adrian Buchan (AUS) – 6.950
10: Michel Bourez (TAH) – 6.950
17: Sebastian Zietz (HAV) – 5.750
17: Kanoa Igarashi (EUA) – 5.750
19: Julian Wilson (AUS) – 4.500
19: Davey Cathels (AUS) – 4.500
21: Mason Ho (HAV) – 4.000
22: Gabriel Medina (BRA) – 3.500
——–outros brasileiros:
23: Jadson André (RN) – 2.250 pontos
23: Miguel Pupo (SP) – 2.250
33: Alejo Muniz (SC) – 1.000
33: Alex Ribeiro (SP) – 1.000

 

 

A festa de lançamento de Somos Tão Jovens, no Club Praia Niterói, em Itacoatiara, foi um sucesso e promete ser referência de festas de rock na cidade.

Depois que você faz 40 anos, começa a perceber os ciclos se repetindo, como a idéia do Big Bang, de expansão e retração como comentei na coluna passada. É difícil explicar, mas sentimos que há algo se repetindo. Por exemplo, no Rio, tem pelo menos umas seis festas no mínimo de rock e suas vertentes por mês sem contar os shows, já em Niterói é raro ter um evento assim, por isso via tanta gente da cidade atravessando a ponte para curtir esses ótimos eventos de rock no Rio.

 

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A carência de eventos de rock na cidade ajudou a sustentar o ânimo do novíssimo Club Praia de Niterói, em Itacoatiara, que me convidou para produzir juntamente com Rodrigo Kastrup e Sávio BR80, essa noite especial voltada para o rock em Niterói.

 

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Um público que está nas festas dos produtores envolvidos e na reunião de fãs da Banda BR80, nossa geração e outros bem mais novos que seus filhos, reuniu todo os amantes do gênero e de todas as gerações da nossa cidade bombou o Club Praia.
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Foi uma verdadeira noite de Rock com super show da Banda BR 80 que com seu repertório de músicas contagiantes fez com que ninguém ficasse parado para o lançamento do evento, “Somos Tão Jovens” que teve também um inspirado Dj Filipe Rocha tocou o melhor do rock, indie, dance rock, pop, rock nacional e surf music, que promete ser a referência festas de rock  da cidade de Niterói/RJe com certeza nos fará sentir que ainda somos tão Jovens…

 

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O rock é e sempre será imortal e os produtores do evento acreditam que acharam a fórmula perfeita para que este evento seja referência de festa de rock na cidade. Agora veremos se eu e os produtores daremos continuidade ao projeto que foi sucesso nesta noite de estréia. Na próxima coluna saberemos mais detalhes, afinal mesmo depois dos quarenta ainda somos tão jovens…

 

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